terça-feira, 3 de novembro de 2009

Venezuela fecha passagem à Colômbia após morte de militares


A Venezuela anunciou o fechamento parcial e por tempo indefinido da fronteira com a Colômbia, após o anúncio de que dois militares venezuelanos foram assassinados no posto de controle de Palotal, entre os municípios de Ureña e San Antonio, no estado venezuelano de Táchira. As duas mortes ocorreram dias depois que oito jogadores de futebol de um time amador colombiano foram executados no lado venezuelano, na mesma região. Segundo a guarda venezuelana, quatro homens em motocicletas chegaram na tarde de ontem (2) ao local e dispararam contra os militares. Houve perseguição, mas os assassinos não puderam ser capturados. Horas depois, o governo venezuelano anunciou o fechamento da passagem. As mortes recentes na fronteira têm piorado ainda mais as já complicadas relações entre os dois países. Nos últimos dias a Venezuela acusou a Colômbia de espionagem em seu território, prendendo dois agentes colombianos e o presidente venezuelano, Hugo Chávez, criticou a assinatura na semana passada do acordo militar entre a Colômbia e os Estados Unidos, também condenado pela maioria da comunidade latino-americana. O ministro de Relações Exteriores da Venezuela, Nicolás Maduro, afirmou ontem em uma coletiva de imprensa que o acordo militar é "uma vergonha para a história do nosso continente". Maduro disse que o governo e o partido governista propuseram medidas "para continuar a denunciar estes ares bélicos que o Pentágono alimenta, não sejam impostos à Colômbia a partir do governo de Bogotá e continuem ameaçando a estabilidade da região". Medo O comércio na região fronteiriça sofre com a violência registrada desde a semana passada. De acordo com o jornal El Tiempo, na sexta-feira (30) e no final de semana dezenas de comerciantes decidiram interromper os negócios após panfletos terem sido distribuídos por grupos paramilitares na capital do estado, San Cristóbal. Algumas escolas da região fecharam as portas e retornaram as crianças às suas casas frente às ameaças. Ontem (02), centenas de moradores da cidade e o governador, César Pérez Vivas, participaram de uma marcha pacífica

0 comentários:

Postar um comentário