O ministro das Relações Exteriores de Cuba, Bruno Rodríguez, reiterou nesta quarta-feira (27) que o Governo de Barack Obama não dá passos fundamentais para melhorar as relações com a ilha, apesar de ter reduzido a "retórica anticubana" e eliminado algumas restrições para viajantes.
Segundo Rodríguez, Obama não utiliza as "prerrogativas" que tem para aliviar o embargo comercial e financeiro a Cuba sem que a iniciativa passe pelo Congresso americano. As declarações do ministro foram feitas em Havana, na abertura de um encontro de cubanos que vivem em outros países e são favoráveis ao Governo do general Raúl Castro.
No evento, Rodríguez lembrou que as questões "essenciais" para a melhoria das relações entre Cuba e Estados Unidos são o fim do bloqueio, a retirada da ilha da lista de países que apoiam o terrorismo, a revogação das leis americanas que estimulam a emigração ilegal de cubanos e o fim do apoio à dissidência interna.
O chanceler cubano também pediu o fim das transmissões de rádio e TV dirigidas à ilha e a libertação de cinco agentes cubanos presos nos EUA por espionagem.
Para o ministro, apesar de as partes terem reatado as negociações sobre assuntos migratórios e para o restabelecimento do correio direto, os EUA ainda não desistiram de destruir a revolução cubana liderada pelo agora ex-presidente Fidel Castro.
Segundo Havana, cerca de 450 cubanos procedentes de 42 países, a metade deles dos EUA, participam do Encontro de Cubanos Residentes no Exterior contra o Bloqueio, em Defesa da Soberania Nacional, que vai até sexta-feira.